quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Tudo em seu devido lugar

Desde pequenos aprendemos a organizar nossos brinquedos, a arrumar a mochila para ir à escola, a não bagunçar a casa, muito menos a dos outros. Obviamente aprendemos tudo isso com os nossos pais ou com quem nos criou, para que quando crescêssemos nos tornássemos pessoas organizadas, tanto em casa como no trabalho.
Há aqueles que se tornam minuciosos, quase que insuportáveis. Estão sempre ajeitando ou endireitando algo, em qualquer lugar que estejam.
E há aqueles que não ligam para a desordem, algumas vezes por preguiça ou por dizerem que é na bagunça que está a sua ordem. Pode ser que estas pessoas não se cobrem tanto e acreditem que a bagunça não é um defeito, mas um jeito de viver.
Não conheço um bagunceiro ou um minucioso que se intitule diferente. Ambos estão cientes do que são, e com muito orgulho. O problema é que muita gente não se dá conta de se organizar “internamente”. Já pensou que de nada adianta arrumar o quarto se o seu coração não está tranquilo? A sua casa pode estar um brinco, mas se a sua cabeça estiver igual a um campo de guerra, sendo bombardeada por medos, incertezas, alegrias, tristezas, indecisões, erros, acertos, enfim, você nunca estará satisfeito com o que vê externamente. A sensação de ordem ocorre de dentro para fora, como tantas outras coisas. Tire o pó de você, encaixote suas angústias, distribua sentimentos bons, coloque fora o que não lhe faz bem, reviva emoções engavetadas.
Bagunceiro e minucioso são adjetivos que se tornam características das pessoas.
A organização da mente, do corpo e da alma, torna uma pessoa feliz.

Eu queria lhe dizer

Eu queria lhe dizer que sinto um medo enorme, uma insegurança tenaz, mas ainda assim preciso me confessar. Você está longe de ser padre, e me alegro por isso, seria incomum me revelar apaixonada por um. Ou seja, confissão feita. Sim, estou apaixonada por você. Um pouco cedo para isso? Pode ser. Paciência é uma virtude que não cabe a mim. Esperar é inevitável, já que para encontrar você tenho que enfrentar o relógio, os dias e as noites. Ainda consigo dormir, pensando em você. Posso trabalhar normalmente, relembrando nós dois. Leio um bom livro, transformando-nos em personagens principais. Minha capacidade de imaginação me permite recriar as cenas do nosso curta-metragem. Gostaria de poder editar algumas falas, minhas e suas. Porém, começo a perceber que o diretor aqui é você.
Queria lhe dizer que seu olhar me intimida, a ponto de levantar a bandeira branca e me entregar. Sua sinceridade me assusta, mesmo que por algumas vezes contraditória. Pelo menos tento acreditar nisso.
Queria lhe dizer que você pode me ligar, ou quem sabe me escrever. Queria tanto saber se você pensa em mim! Coisas incertas me perturbam, porém me permitem sonhar. Ou ter pesadelos. Como vou negar que quero você? Me esforço ao máximo para que eu não seja descoberta, um segredo inviolável, pelo menos para você, por enquanto.
Tolice minha é acreditar que você ainda não tenha percebido isso.
Queria lhe dizer que não vou lhe procurar, que você terá que fazer isso. Falo sério.
Você me chamou de louca outro dia. Ainda não descobri o real motivo. Não sei se por ser surpreendente ou ilógica. Queria lhe dizer que sou louca por você. Queria.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Do Início

Precipitado é o precipício
-Se for preciso eu corro,
Eu vou ao topo do morro-
Sempre será o início.