domingo, 27 de novembro de 2011

Dos porques das coisas

- Por que você veio aqui?
- Porque eu quis.
- Mas...por quê?
- o porquê você não precisa saber...
- Eu vim para...
(smac)
...
- Isso é para você entender por que vim aqui.
E ela sorriu.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Do quanto

Quanto do silêncio você pode ouvir?
A sua voz oca
Sua saliva na boca
O nada?
Quanto da tristeza você pode sofrer?
A lágrima no rosto
A alegria como esboço
Nada?
Quanto do amor você pode sentir?
...
Quanto do silêncio você pode ouvir?
A sua voz oca
Sua saliva na boca
O nada?
Quanto da tristeza você pode ouvir?

Daquilo que é meu

Só quero recolher minhas coisas
- Todas aquelas que foram deixadas no chão -
E ir.
Passo por aquela porta que nunca foi, sequer, trancada
Silenciosamente.
Entro. Recolho. Saio.
- Preciso de um cadeado. -
...
Deixo o que foi intocado
Não para o futuro
Nem para o passado.
É sem propósito.
Quero somente os pedaços meus
Para tentar consertar a mim.
Não a nós.

sábado, 19 de novembro de 2011

das estrelas

Quando na noite estrelada, juntos deitados na grama, refletiam.
O som da respiração falava alto; de mãos dadas apreciavam a lua e as estrelas. Sem resquício de nuvens. Ambos tentando desenhar com as estrelas.
Nela, angústia. Nele, certeza. Em ambos, querer.
Ele puxou uma estrela daqui, outra dali e, por fim, desenhou um coração. Ela viu. E sorriu. E sorriu o sorriso mais belo.
Então ela, querendo mais, desenhou uma flecha, próxima ao coração. E fez o movimento do cupido, o qual já havia estado ali... Atingiu o coração. Ele, depois do último suspiro, parou de respirar. Ela então, só, passou a apenas admirar as estrelas, e deixou que o universo fizesse o restante.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Da espera

A espera só doi
Quando não se sabe o que esperar.
Esperando por algo desconhecido
Ela maltrata
E mostra o vazio de não saber esperar
o que não se espera.