quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sentimento puro

“Rodeiam-me certezas concretas
Sensações não antes sentidas
Eu ouço as palavras certas
Nunca antes ouvidas

Encontrei um sentimento novo
No caminho onde andei
Um sentimento tão puro
E a ele me entreguei”

Momentos

Bons momentos acontecem
Quando não há intenção,
-Quando ninguém presta atenção-
Quando não há qualquer pretensão.
Pode ser sozinho
Ou no meio da multidão.
Escuridão?
Pode haver, sem preocupação
Não direi nada...
Não me guio pela razão
Apenas me entrego
De corpo, alma e coração.

Trilha sonora da imaginação

Sempre há uma canção
Para cada momento da vida.
Sempre há uma emoção
Para cada situação vivida.
A emoção fazemos acontecer.
A canção...
...é a trilha sonora da imaginação.

A necessidade de ilusão

Cantei vitória antes de ganhar o troféu. Ainda bem que ninguém ouviu. Quer dizer, fui ouvida sim. Justamente por aquele que não deveria escutar. Aquele que me derrotou. Aquele que incorporou a fábula da tartaruga e da lebre para me fazer acreditar que eu havia ganhado. E enquanto eu pulava, me divertia, ele passou devagarzinho. E eu nem notei. Onde eu estava com a cabeça? No mesmo lugar para onde ela sempre vai quando a deito no travesseiro. Se esse lugar tivesse nome, chamar-se-ia Ilusão. Um lugar que não corresponde com a realidade. Não, não estou falando de sonhos. Sonho é futuro, ilusão é presente. Falo de um tipo de imaginação egoísta, que satisfaz a sua parte superficial. Não alimenta o coração nem preserva a alma. Não obstante, existe alegria sim. É um mundo só seu. Você pode se deslocar para tantos lugares, como uma peça de quebra-cabeça, sem mover-se. E foi lá que ganhei. Não é contradição. Ganhei o troféu e o coloquei na estante. Mas quando voltei, não havia nem estante, nem troféu. Havia um espaço vazio, dentro e fora de mim.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Fora do ritmo

Cantou lentamente
Na mesma melodia.
Um dueto.
Os olhos se cruzaram no refrão
Um improviso engrandeceu a canção
Mas desafinei.
Silêncio.