sábado, 6 de fevereiro de 2010

Bogotá - Colômbia: Divagaçoes

Sentada em frente à casa onde moro, aqui em Bogotá, vejo, acima dos meus olhos, montanhas. Nuvens escuras tornam o céu cinza. Onde também há beleza. Nem tudo o que é belo é claro, nem iluminado. Depende de como se vê, e de quem vê, é claro.
Na minha cabeça um turbilhao de ideias. No coraçao, sentimentos de todos os tipos, cores e tamanhos.
Nao sei mais o que é rotina. E entao percebo que a rotina faz parte da vida. Isto porque o que vivo agora é passageiro. Feliz ou infelizmente. Nao sei como será daqui para a frente. É difícil crer que estou tao longe, e principalmente aceitar que a tecnologia aproxima as pessoas, ainda que artificialmente. Apesar de que através dela percebo o quao importante sou para àqueles que me cercam, e como sao especiais a mim também.
Ouvi, dias atrás, que quando estamos longe de quem amamos, amamos mais. E a justificativa para tal afirmaçao: nao vemos os defeitos deles. Passo a acreditar nisso agora. Na minha memória, somente momentos bons. Isso nao significa que estar distante é melhor, mas sim, como somos mesquinhos muitas vezes. Reclamar, julgar, pisar na bola. Nao digo que jamais farei queixas ou reclamaçoes. Mas pensarei duas ou três vezes. E aproveitarei cada instante quando alguém estiver ao meu lado. Em qualquer lugar.
Do lado de fora, um mundo de desconhecidos. Do lado de dentro, mantenho todos que quero bem. Poderia estar rodeada de pessoas e estar só. Mas nao estou. Estou muito bem acompanhada, obrigada.

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